03/02/17

03/02/17

Desventuras em Série (Série)

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A literatura, a televisão e o cinema são artes que quase nunca possuem a mesma linguagem, mas esta série exclusiva do Netflix se apresenta como exceção à regra e não nos decepciona com uma história que se aproxima muito do original e tem como base os livros de Lemony Snicket, os quais os três primeiros já foram adaptados para o filme que tem como estrela o vilão Jim Carrey.

Desventuras, segundo o Dicionário Online de Português, significa falta de sorte, ausência de felicidade, situação angustiante. E é dessa forma que a vida dos órfãos Baudelie: Violet, Klaus e Sunny, tem sido, uma cadeia de fatos que se revelam como uma profunda desgraça.

Depois de perder seus pais precocemente num terrível incêndio doméstico que destruiu sua mansão, eles passam a viver com seus tutores, envolvendo-se em uma série de infortúnios com trama bastante complexa de sociedade secreta, répteis, gramática, trabalho escravo por chiclete e ainda conhecem um vilão bem cruel, ganancioso e sombrio.

Apesar dos avisos e interferências do narrador personagem, muito participativo e envolvente, de que é melhor não olhar, ou procurar algo mais prazeroso para assistir, nos apegamos a cada um dos personagens e a única desventura seria não assistir.

Os órfãos são exatamente como imaginamos e se assemelham muito aos descritos nos livros, mas a cereja do bolo com certeza está em um dos elementos bem divertidos, explorados pela produção através dos sons emitidos pela pequena Sunny traduzidos com legendas complexas e extraordinárias.

A série possui oito episódios que foi adaptada dos quatros primeiros livros da saga, e não tem unicamente a duração de 40 min como as americanas, alguns episódios possuem 53min, outros 64min, causando a estranheza do telespectador.

Uma escolha que se mostrou bastante acertada foi, sem dúvidas, a do ator Neil Patrick Harris para interpretar o vilão tão versátil Conde Olaf que rouba os holofotes e dita o tom deste trabalho com suas personalidades e seus disfarces tão absurdos, num verdadeiro contraste entre a crueldade e o cômico.

A trilha sonora, sem dúvidas, afina o sentido trágico da história e consegue unir bem os elementos de suspense e comédia. A nova roupagem produzida desperta interesse, graça e encanto tanto de crianças como de adultos para descortinar o futuro dos órfãos, que já se mostrou incerto, perigoso e longe de um final feliz. Gostei muito!  

Segue a abertura mais fofa do Mundo:


2 comentários:

  1. OOi,cheguei a ver alguns episódios na série,eu gostei, pois achei bem fiel aos livros,porém achei um pouco monótono em algumas partes e a interrupção do narrador personagem praticamente a todo instante para explicar o significado de uma palavra ficou bastante irritante na minha opinião,mas cada um tem um gosto né, valeu!

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  2. Oi Ana Lemos!
    O bom é isso, cada um com sua opinião para os bons resultados que vemos!
    Achei bem legal as interferências do narrador personagem e percebemos que muito em breve ele pode aparecer efetivamente na história.
    Beijinhos

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