29/05/17

29/05/17

It: Uma Obra Prima do Medo (Filme)

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Como diz aquele velho ditado: "Quem não sabe brincar, não desce para o Play", decididamente não sei brincar. Hoje começa oficialmente a temporada do Horror e o início do Projeto de Leitura Coletiva de It: a Coisa entre alguns blogs amigos, entre eles o @senhordoslivros e já me entreguei de corpo e alma. Inaugurando um dia antes a série "sessão da tarde" em casa do filme produzido nos anos de 90, e só tenho a dizer que a expectativa e ansiedade para assistir o remake só aumenta e garantir também um gás para leitura do livro, procurando preencher umas lacunas que meu senso nada crítico (rs) está tentando entender.

O filme embora desprovido dos melhores efeitos especiais, até porque naquela época não se podia exigir muita coisa, é sensacional e o terror explorado é bem mais poderoso que qualquer outro nos milhares que encontramos por aí. Tratando-se de terror psicológico, muitas vezes procuramos descobrir se as aparições, são apenas fruto de uma imaginação manchada pela cruel realidade, ou de uma ordem maior que seleciona suas vítimas a dedo, baseado principalmente na sua fragilidade.

Acredito que seu vilão seja conhecido por muitos, embora o conteúdo nem tanto, até porque depois dele surgiram vários outros longas trazendo palhaços assassinos, como objeto. Não possuo coulrofobia (medo desses sujeitos), embora tenha uma foto naqueles trenzinhos rezando com medo da Mônica, mas também pudera aquela fantasia era horrorosa, mas esse trabalho deixou uma certa inquietação dentro de mim e comprovou minha teoria que Stephen King é um mestre quando o assunto é MEDO.

A história se passa em uma cidadezinha pequena do Maine e envolve um grupo de sete participantes, ou dos Falhados, como eles se nomeiam, que se juntam para acabar com a ameaça do assassino do irmãozinho de um dos membros da equipe, o palhaço Pennywise, que se aproxima das suas vítimas de maneira sutil e se alimenta do medo delas. Ocorre que 30 anos depois, os ataques retornam, e os integrantes do mesmo grupo terão que honrar com a sua promessa e defender a cidade destes ataques sinistros, mesmo que para isso suas próprias vidas estejam em perigo.

A versão de 90 tem três horas de duração que mesclam episódios da infância e vida adulta destes membros e agora compreendo o porquê da produção do remake ter divido o filme em dois: um passará na primeira fase e outro na vida adulta, percebi que muita coisa poderia ser melhor explorada.

O que pude analisar também de forma bem superficial é que a aparição do Palhaço ocorria principalmente em sujeitos que tinham uma infância conturbada, cada um com suas peculiaridades de problemas, o que nos faz duvidar que talvez poderia ser apenas a exteriorização de tudo que os incomodavam...

É impossível você não se apegar aos personagens e seus dramas e o que me incomodou bastante foi a inércia da sociedade daquela cidade, diante das atrocidades cometidas, crianças e pessoas desaparecidas sem ninguém tomar parte, como se de fato o problema não existisse ou como se cada uma delas tivesse passado pelo mesmo fato e não queria se envolver novamente na problemática.

Outro aspecto que ficou vago para mim e que podia ser explorado (tomara que no livro explique) foi sobre a vida pregressa do Pennywise, antes de se tornar a Coisa. Ninguém é totalmente mal, algo acontece que muda os rumos do destino e ao meu ver seria muito bom entender o real motivo até para se procurar uma saída viável para o extermínio dele. O final ficou meio sentido, sem pé nem cabeça, meio as coisas de Stephen mesmo, mas ainda assim foi muito legal e interessante a experiência de assistir e estou disposta a me render a leitura. Já leram ou assistiram? O que acharam? Aguardo a opinião de vocês. Beijinhos de luz!

1 comentário:

  1. Ainda não assisti, mas pretendo ver antes de assistir o remake :D
    Adoro comparar tb!

    Espero que no livro tenha mais respostas para esses pontos :D


    osenhordoslivrosblog.wordpress.com

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