Se
você é daquele tipo que adora uma boa adaptação do livro no cinema, saiba que
essa obra vai te decepcionar um pouquinho. Sempre gostei e achei um máximo o
trabalho de TIM BURTON nas telinhas, como Edward, mãos de tesouras, O estranho
mundo de Jack, A fantástica fábrica de chocolate e entre outros... mas,
confesso que a ideia utilizada neste longa não me agradou, por conta das expectativas
que criei.
É um
perigo conhecer familiarmente os livros e assistir aos seus filmes. Você passa
a travar batalhas dentro de si. Desde quando conheci o livro do Orfanato da Sra
Peregrine, foi amor à primeira vista, era ainda aquela capa mais sombria do que
a de hoje e logo fiquei confabulando sobre seu conteúdo. Mas, enfim... como
diversas vezes (diga-se de passagem, quase todas) ouvimos que a arte do cinema não
acompanha a da literatura, vamos deixar de blá,blá e falar do filme, pois deve
ter muita gente curiosa.
A
história gira em torno de Jacob, um garoto solitário, que sempre sonhou com as
histórias que seu avô lhe contava a respeito de um orfanato e de crianças
peculiares. E depois da sua estranha morte, parte com seu pai para uma ilha no
país de Gales. Lá, ele encontra uma mansão abandonada, que embora pareça
destruída reserva muito mais segredos e perigos que o tempo que passara.
Sei
que comecei destilando um pouco do meu veneno (rs), mas o filme em si não é
ruim, fiquei vislumbrada de como minha imaginação quando lia o livro foi fiel a
tudo que vi no cinema, imaginei cada detalhezinho. A história se desenvolve de
maneira muito superficial e talvez pelo fato de tentarem enquadrar no gênero infanto-juvenil
o aspecto sombrio ficou de lado, dispensando uma boa dose de drama, o que tenho
certeza de que não agradou aos fãs, principalmente a mim.
Os
acontecimentos fluem muito rapidamente, a ponto que do meio para o final do
filme inclui uma história totalmente estranha a da continuação, o que foi um
grande desperdício, perdendo detalhes, histórias e aspectos fantásticos do
Livro II – Cidade dos Etéreos. Alguns personagens foram cortados, outros tiveram
suas peculiaridades trocadas, meio sentido; o personagem principal é fraco; a Sra
Peregrine é bem mais simpática que no livro. Eles não fazem diferenças entre os
acólitos e etéreos, mas, ainda assim não seria absurdo afirmar que este é um
trabalho típico do Tim, que sempre abusa de seu traço peculiar sombrio. Infelizmente, o roteiro precisava ser bem mais
trabalhado, porque poderia ser uma história muito especial!
Não deixe de ler nossa crítica dos livros:
Trailler:
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