09/10/16

09/10/16

O Lar das Crianças Peculiares (Filme)

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Se você é daquele tipo que adora uma boa adaptação do livro no cinema, saiba que essa obra vai te decepcionar um pouquinho. Sempre gostei e achei um máximo o trabalho de TIM BURTON nas telinhas, como Edward, mãos de tesouras, O estranho mundo de Jack, A fantástica fábrica de chocolate e entre outros... mas, confesso que a ideia utilizada neste longa não me agradou, por conta das expectativas que criei.

É um perigo conhecer familiarmente os livros e assistir aos seus filmes. Você passa a travar batalhas dentro de si. Desde quando conheci o livro do Orfanato da Sra Peregrine, foi amor à primeira vista, era ainda aquela capa mais sombria do que a de hoje e logo fiquei confabulando sobre seu conteúdo. Mas, enfim... como diversas vezes (diga-se de passagem, quase todas) ouvimos que a arte do cinema não acompanha a da literatura, vamos deixar de blá,blá e falar do filme, pois deve ter muita gente curiosa.

A história gira em torno de Jacob, um garoto solitário, que sempre sonhou com as histórias que seu avô lhe contava a respeito de um orfanato e de crianças peculiares. E depois da sua estranha morte, parte com seu pai para uma ilha no país de Gales. Lá, ele encontra uma mansão abandonada, que embora pareça destruída reserva muito mais segredos e perigos que o tempo que passara.  

Sei que comecei destilando um pouco do meu veneno (rs), mas o filme em si não é ruim, fiquei vislumbrada de como minha imaginação quando lia o livro foi fiel a tudo que vi no cinema, imaginei cada detalhezinho. A história se desenvolve de maneira muito superficial e talvez pelo fato de tentarem enquadrar no gênero infanto-juvenil o aspecto sombrio ficou de lado, dispensando uma boa dose de drama, o que tenho certeza de que não agradou aos fãs, principalmente a mim.

Os acontecimentos fluem muito rapidamente, a ponto que do meio para o final do filme inclui uma história totalmente estranha a da continuação, o que foi um grande desperdício, perdendo detalhes, histórias e aspectos fantásticos do Livro II – Cidade dos Etéreos. Alguns personagens foram cortados, outros tiveram suas peculiaridades trocadas, meio sentido; o personagem principal é fraco; a Sra Peregrine é bem mais simpática que no livro. Eles não fazem diferenças entre os acólitos e etéreos, mas, ainda assim não seria absurdo afirmar que este é um trabalho típico do Tim, que sempre abusa de seu traço peculiar sombrio.  Infelizmente, o roteiro precisava ser bem mais trabalhado, porque poderia ser uma história muito especial!

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